Cidades pedidas é um livro de escrita minuciosa onde o poeta faz uma arqueologia de seus amores, deslocamentos, frustrações e revelações. Entre os poemas, fotografias das cidades que lhe serviram de casa e cenário, registros de andança em lugares ermos. Esta arqueologia de si estende-se à escrita, marcada pela reflexividade dos poemas de Lucas e por um questionamento constante sobre o ofício e a figura do poeta entre os escombros e as revelações de um passado sempre porvir.
“Cuidado. É muito provável que você se perca no livro, como é comum se perder nas paixões ou nas cidades que nunca fomos. Cuidado. Cuidado que esse livro é poderoso como são poderosas as escadas de Escher que descem levando ao andar de cima – como são poderosos os farsantes que criam cidades-fantasma, cheias de “caos e glória”, para em seguida desabá-las, e “depois, nada”. Nada. Enquanto isso, o “estrondo bate aos tímpanos”. É preciso escutá-lo. “E que venha a nós o gozo”. Confia.”
-Gregorio Duvivier, trecho do prefácio de cidades perdidas
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