Folie à deux . Felipe Abreu

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Folie à Deux se propõe a criar um labirinto visual de imagens e pistas, convidando o espectador a tirar suas próprias conclusões sobre uma série de seis assassinatos. O ensaio se vale de imagens contemporâneas, imagens de arquivo e pequenos textos para construir esta narrativa criminal, na qual o espectador deve se colocar como investigador diante dos crimes apresentados.

EDIÇÃO EM INGLÊS.

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O jogo entre realidade e ficção é constante em Folie à deux. Há um incentivo para que o espectador questione cada imagem à sua frente, buscando decidir se o fato apresentado é real ou fictício. Assim, o ensaio tenta explorar os limites fotográficos na construção de uma ficção e lidar com uma série de desafios na construção da narrativa fotográfica.

Crimes, mistérios e clichês: fotolivro “Folie à deux” propõe um jogo de detetive com o leitor – Revista ZUM
A intenção de Abreu é questionar alguns clichês relacionados a determinadas imagens e narrativas visuais:

[…] “Uma das propostas deste projeto é justamente transportar clichês e códigos do romance policial, do filme noir e detetivesco para uma publicação fotográfica. Isso se dá pelos temas que decidi fotografar e pela fonte dos materiais de arquivo e de texto utilizados. Cabe aqui citar os fotolivros que me influenciaram neste processo – ou que descobri ao longo dele – e que me deram a sensação de que havia uma “comunidade” ou um zeitgeist que não deixaria Folie à deux solto no mundo. A Criminal Investigation (2012), de Watabe Yukichi, The Epilogue (2014), de Laia Abril, Belgian Autumn (2015), de Jan Rosseel, Jaunt (2016), de Lotte Reimann, além da produção teórica e fotográfica de Joan Fontcuberta, são algumas das publicações que me deram respaldo para seguir com o projeto da maneira que eu havia imaginado.” […]

[…] “Folie à deux” é uma aflição psicológica que faz com que duas pessoas próximas compartilhem sintomas, uma espécie de contaminação psicótica. Ao entrar na narrativa – sem informações externas – espera-se que o leitor seja contaminado pela verdade do livro, entrando na loucura proposta pelo seu autor: uma investigação de uma série de crimes que não existiu. Entendo que alguns leitores logo escapam desta loucura e outros ficam por mais tempo, compartilhando os “sintomas” que proponho. Esta dupla visão, necessária para fugir da loucura proposta pelo livro, se apresenta sutilmente em alguns do elementos criados pela direção de arte de Gabriela Castro, do Bloco Gráfico. Uma das escolhas marcantes neste desenho se dá pela capa e quarta capa serem formadas por uma só imagem. Se vistas de perto, podem parecer apenas o ruído da estática de uma TV, mas ao se afastar, três rostos aparecem, mais claros a cada passo dado para trás. Esta necessidade de se distanciar da história para entendê-la de maneira mais precisa é um dos pontos conceituais importantes de Folie à deux. Além disso, a orelha da quarta capa, também proposta pelo Bloco, esconde um dos segredos que mais me divertem e que ajuda a explicar o título do livro: um agradecimento especial a Vince Gilligan, criador de Breaking Bad e roteirista de vários episódios de Arquivo X, entre eles, um chamado “Folie à deux”. […]

Felipe Abreu

Natural de Campinas, fotógrafo, doutorando no programa de Artes Visuais da Unicamp com pesquisa focada na construção de narrativas em publicações fotográficas, e editor da Revista Old, publicação fundada em 2011 que apresenta trabalhos de jovens fotógrafos e entrevistas com grandes nomes da fotografia. Ao longo de 10 anos de carreira, Felipe já teve trabalhos exibidos em galerias brasileiras, da Itália, França, Espanha, Portugal e Reino Unido, além de colaborações em revistas do mundo todo.

Peso 0,29 kg
Dimensões 19 × 1 × 27 cm
Autor(es)

Felipe Abreu

Título

Folie à deux

Editora

Edição de autor

Edição

Ano

2019

Tiragem

200

Local de produção

São Paulo . Brasil

Idioma

Português

Encadernação

Brochura

Páginas

74

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