Habitantes . Natasha Barricelli

Habitantes é resultado de uma pesquisa sobre lugares, aonde o trabalho foi gerido, espaço do atelier da artista, com a cumplicidade da artista com a sua “cria”; partindo para o espaço público, onde “os Habitantes” são levados para estarem em contato com o público. Sob outras perspectivas, um olhar a partir deles. O livro se abre e se desdobra entre os lugares, o privado e o público, olhar esse de uma terceira pessoa que registrou esse ensaio fotográfico intercalando com o cuidadoso e despretensioso olhar da artista ao fazer o percurso de um ponto á outro, imagens feitas com o celular em mãos. Esse livro é uma experiência, uma experiência de deslocamento, tornando participante quem aceita esse convite de entrar nesse novo espaço, entre o público e o privado.

Como personagens, os habitantes pertencem a uma história e “vivem” nesse espaço separado por cômodos. As imagens foram organizadas em um livro montado a partir de uma única lâmina modulada: tanto em seu manuseio quanto em seu potencial escultórico estático há certa organicidade e múltiplas possibilidades de configuração como se o volume fosse também um organismo vivo. Ao manipulá-lo é possível construir um percurso próprio. Ele vai se desdobrando, mostrando, criando caminhos e possibilitando experiências.

Fotos por Sara de Santis e Natasha Barricelli.
Projeto gráfico e diagramação realizados pelo Estudio Claraboia.
Impressão feita pela gráfica Águia.

Natasha Barricelli

Artista visual paulistana com formação em Artes Plásticas, pela FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), graduação em Licenciatura em Artes Plásticas em 1998, e pós- graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas no ano de 2018.

Passou um período na Itália (1999-2000) e França (2002), desenvolvendo pesquisas e trabalhos. Tem realizado exposições coletivas e individuais desde 2001. Frequenta as aulas do filósofo Peter Pál Pelbart e acredita na ARTE como um produto de um processo, numa arte mais aberta e coletiva como um instrumento para nossa experiência de estar vivo.

Participou da equipe da produção da obra F.O.D.A do artista Chinês Ai Wei Wei, na Fábrica de Porcelana Teixeira em São Caetano, para a primeira exposição individual do artista na América Latina, realizada na OCA em São Paulo, no ano de 2018; crescendo assim seu desejo de ter a experiência artística em coletividade com um espaço para a experimentação e a investigação compartilhadas. Experiência sentida também na instalação Arranque, da artista Edith Derdyk na Fundação Marcos Amaro em Itu, a qual participou da equipe de execução da obra da artista.