Em português brasileiro, a palavra Cafuné é um gesto de afeto para com um ente querido. Este projeto é um gesto de carinho ao Rio de Janeiro em todos os seus extremos. Focando especificamente na “pacificação” das favelas cariocas, a obra é um documento da Cidade Maravilhosa durante a Copa do Mundo, as Olimpíadas, a visita do Papa e os protestos massivos de 2013.
“Quando minha mão pede seu cabelo para dançar. Enredado com amor. Nó de carinho. É quando meus dedos beijam sua nuca. O ato de acariciar alguém querido. Quando feito corretamente, você dorme. Sedativo natural. Quando meus dedos se tornam peixes no mar de seus cachos”, Cafuné por João Doederlein.
Enquanto a obra documenta um período fundamental da história brasileira, o projeto é pessoal e íntimo. Um diário visual da alegria e da tristeza de uma cidade tão intensa e desigual como o Rio de Janeiro. Uma reconciliação pessoal e um adeus agridoce a um lugar e a uma época de extremos.
Cafuné (n.) -O português do Brasil- o ato de passar ternamente os dedos pelos cabelos de alguém.
Formado em Comunicação Audiovisual (UEM), Mestre em Fotografia (EFTI) e Cinematografia (ESCAC). Seu trabalho como fotógrafo inclina-se para uma abordagem pessoal longe da tradição narrativa descritiva na fotografia documental. Entre 2009 e 2018 trabalhou na América Latina e na América Central, inicialmente como fotojornalista, e posteriormente se concentrou inteiramente em projetos de documentário de longa duração.
Suas fotos foram publicadas em publicações como TIME, The New York Times, Der Spiegel, El Pais Semanal, Paris Match, Le Monde, L’Express, De Volkskrant ou Gatopardo. Seu trabalho já foi exibido nos Estados Unidos, França, Itália, Brasil e Espanha. Atualmente acaba de publicar sua primeira monografia fotográfica sobre seus 8 anos de trabalho no Brasil.
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