As imagens deste trabalho foram realizadas ao longo de dois meses, enquanto o fotógrafo se recuperava de um acidente. Com a mobilidade reduzida e confinado ao ambiente doméstico, inquieto o fotógrafo começa a coletar e retratar elementos de seu novo cotidiano para compôr um panorama visual de seu processo de cura. É um trabalho que versa sobre a fragilidade e fugacidade das coisas, e sobre relações familiares e redes de apoio.
Léo Sombra
Nascido em São Miguel, RN (1986), mudou-se para São Paulo em 1998 e, em 2006 fez um curso profissionalizante na ONG ImageMágica, onde, por falta de recursos, começou a fotografar no formato pinhole, construindo imagens com câmeras sem lentes e papéis fotográficos vencidos. Documentou a cidade de São Paulo e sua periferia, assim como indivíduos à margem da sociedade como portadores de deficiência visual, usuários de crack e moradores de rua. Incorporando o acaso e os defeitos oriundos do processo artesanal que utiliza para fotografar, Sombra desenvolve uma imagética intrigante e expressiva que, em certos momentos, nos remete a um universo estético muito particular, cheio de ruídos e impurezas transformados em poesia. Em 2011 teve cinco de suas obras adquiridas pela Pinacoteca do Estado de SP.
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