O primeiro número da coleção Gráfica Particular apresenta o trabalho de Morris Cox (1903-1998), editor, poeta, ilustrador e impressor inglês. Ele publicou na sua Gogmagog Press mais de 35 livros com notório esmero estético e experimental. E não só publicou como escreveu, ilustrou, diagramou e imprimiu cada um, usando máquinas e matrizes de impressão construídas por ele. Cox enxergava o processo de impressão como a essência do livro e não apenas uma forma de veicular a expressão de um conteúdo.
A Coleção Gráfica Particular, o nome já diz, busca destacar itens específicos da produção impressa. Seu critério de seleção é assumidamente desorganizado (“particular”, se preferir): valem medalhões, valem obscuros; antigos ou contemporâneos; passadela por obras amplas ou olhar detido sobre algum detalhe; etc, etc.
Ela também não demarca territórios nem aponta vertentes. Pelo contrário, aliás. Seu objetivo não é o de direcionar gostos pra lá ou pra cá, mas sim estimular cada um na elaboração de seu cânone gráfico particular.
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