Assim como a geometria sagrada, a proporção áurea tem um aspecto surpreendente: a possibilidade de ser aplicada em quase todas as formas existentes na natureza; desde árvores, flores, frutos, ossos, animais, galáxias, moléculas de DNA etc., são infinitas as relações que podem ser feitas entre o retângulo de ouro e o universo.
Para além de uma forma universal da proporcionalidade, a árvore e a geometria presentes no trabalho de Luiz Fernando ligam-se a outros desejos. Dentro de seu processo de elaboração, forma e função juntam-se para projetar uma imagem com materialidade.
A sequência de fotografias de uma árvore, vista por ele, passa a ser uma possibilidade de reconstruir a própria árvore em sua estrutura e matéria. As várias imagens são colocadas lado a lado, em cima e embaixo, atrás e na frente, reconstruindo sua complexidade.
Esta publicação procurou seguir a mesma dinâmica para materializar em livro esse raciocínio que traduz a relação do fotógrafo com seu projeto. Foi assim que esta série se transformou em livro-objeto. A árvore como sujeito, os ramos como páginas e as folhas… como folhas.
– ROSELY NAKAGAWA, curadora independente.
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