“Essa publicação reúne algumas reflexões e percepções sobre as infelicidades amorosas. As decepções catalogadas, ordenadas sem ordem aparente, comandadas apenas pela sequência que a memória lhes confere. Não há, também, limite entre o sono e o sonho, porque os desamores também se aninham nas madrugadas, por dentro da consciência, como se fosse um bicho minúsculo abaixo das camadas de pele quando a gente adormece. Lá elas se preservam, mumificadas. Inteiras. Íntegras. Habitam a gente para sempre. Escrever sobre elas é partir do pressuposto que estamos obrigando as lembranças a saírem de sua zona de conforto. É como se elas fossem forçadas a ver a luz do dia, e quem sabe, se diluir no turbilhão de novos acontecimentos – as novas memórias.
Aqui estão as minhas. Sem nomes, sem datas, sem um lugar no tempo.”
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