Willys de Castro esteve envolvido com praticamente todas as atividades artísticas durante sua vida. Químico por formação, Willys foi pintor, gravador, desenhista, artista gráfico, cenógrafo, figurinista, músico e poeta. Essa última faceta – a menos conhecida deste artista múltiplo – ganha novos contornos com o lançamento dos livros inéditos 32 poemas (1953/1957) e poemas & poems. Editados pelo IAC – Instituto de Arte Contemporânea em parceria com a BEĨ Editora, as obras formam a antologia poética do artista. As duas edições seguem as especificações do modelo produzido pelo artista, mantendo os tipos datilografados e as correções feitas a lápis, além do próprio formato sugerido para publicação. Nos anos 1950, Willys de Castro escreveu, estudou, traduziu e fez partituras de verbalização para poemas concretos. O interesse do artista pela poesia também o levou a criar uma série de poemas valorizando a importância gráfica da distribuição das palavras no papel e, sobretudo, sua sonoridade distinta. Seus ensaios poéticos revelam uma preocupação com a síntese formal sempre muito valiosa aos projetos dos artistas construtivos. Seu interesse pela poesia enquanto autor manteve-se até o final dos anos 1950, e Willys deixou sua antologia pronta, que só agora é publicada.
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Artista múltiplo, Willys de Castro foi pintor, desenhista, artista gráfico, cenógrafo, figurinista, etc. Em 1941, mudou-se para São Paulo onde estudou desenho com André Fort. Entre 1944 e 1945, trabalhou como desenhista técnico e, em 1950, iniciou estágio em artes gráficas no mesmo período em que realizou suas primeiras pinturas e desenhos geométricos. Em 1953, passou a realizar obras de linha construtivista e, no ano seguinte, fundou com Hércules Barsotti o Estúdio de Projetos Gráficos. No mesmo ano, participou do movimento Ars Nova, além de criar cenários e figurinos para teatro. Em 1958, viajou para a Europa e, no ano seguinte, quando retornou ao Brasil, uniu-se ao grupo Neoconcreto carioca. Entre 1959 e 1962, desenvolveu o raciocínio da série dos aclamados Objetos Ativos e, de 1966 a 1967, projetou estampas para tecidos de produção industrial. Na década de 1980, iniciou pesquisa de construções em madeira, metal, inox e outros materiais, com efeitos de cor e movimento, os Pluriobjetos.
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