Estes são lugares reais, lá onde tudo aconteceu. Os objetos e os bilhetes trocados pelos amantes. “Tornaras” são fotografias que tomam a forma de uma longa e íntima carta à memória de alguém.
A fotografia veio como um resgate. Diante da câmera está a performance, o autorretrato e, parafraseando um mestre da justaposição entre o documental e a ficção, a dupla função imaginária do cinema. Abbas Kiarostami escreveu, ao se referir à ideia de verdade e mentira, que procura “realidades simples escondidas atrás das realidades aparentes”. Essa performance foi feita enquanto esquecíamos de que era uma performance.