A cidade que gera o lugar transitório e evanescente de uma procissão de santo, em um Brasil distante e ao mesmo tempo familiar, é a mesma cidade do cotidiano nítido e que, no entanto, também carrega aquela presença forte em seu imaginário.
O trabalho se instala no atrito, na contaminação, para imaginar outra cidade: a que está entre a concretude da ordem do dia, a premência do cotidiano; e o imaginário coletivo, antigo, que demanda espera, preparação, que está presente e quieto, esperando para ser retomado, revivido, renascido. A cidade cujo tempo que a define é hesitação, um campo da dúvida. A cidade que vacila entre seus tempos, suas memórias, suas realidades possíveis e seus desejos.
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