“Durante duas semanas caminhei por uma área escassamente povoada do Brasil chamada Sertão, o sertão queimado pelo sol e as margens vizinhas ao colossal rio São Francisco, ou Velho Chico, como os moradores locais se referem afetuosamente a ele. A área no estado de Alagoas, famosa por suas terras secas improdutivas e pobreza generalizada, também abriga uma incrível mistura de culturas, religiões, folclore e pessoas. Um caldeirão estabelecido através de centenas de anos de colonialismo e imigração ao acaso. Mais do que um rio, o Velho Chico é onde o folclore e a realidade se misturam perfeitamente, tornando impossível distinguir um do outro. Aqui todo encontro e toda fotografia parecem estar no meio do caminho entre o real e o surreal, na encruzilhada entre o ficcional e o não-ficcional. O velho Chico não é feito de água, é feito de pessoas.” – Mico Toledo