As imagens de “Yg” buscam o maravilhamento. O espanto que tomou Humbolt, quando visitou a floresta amazônica, o assombro dos viajantes do passado e do presente ante a exuberância da natureza. Busca recuperar o imaginário idealizado da floresta, que, misteriosa, fascina.
Yg, a água, rebatendo a vegetação em reflexos e dissolvendo o horizonte, bem como a mata, em pura imagem. Desse modo o trabalho, vistas da floresta a partir da água, não se propõe como “fotografia de natureza” nem tampouco como documentação ou denúncia. Ecoa a magia e não tenciona desvenda-la. Ciente dos perigos que corre a natureza, busca mobilizar pelo respeito, descartando a melancolia ou o didatismo.
Antonio Saggese, 2017.
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