Estar de banzo, viver e senti-lo possui uma relação de contexto. Da ausência vivida pelo que está longe de nós, irmanada na presença da saudade, da sensação de perdermos o chão seja por um lugar ou por uma pessoa.
Palavra impregnada da escravidão, o banzo, a saudade extrema, matava os escravos ainda nas embarcações. Beto Figueiroa batizou tais imagens com o peso e a potencialidade imaginativa que o termo enuncia.
O sentido da palavra deambula por outras sensações como a dor da melancolia, da tristeza que embota a alma e tira todas as certezas do caminho. As imagens de Banzo discursam por entre o que a palavra sugere.
No entanto, a força imagética salta para uma visualidade que percorre a abstração, solo de desvios, de contextos apreendidos pelo acaso tanto quanto de sonhos interrompidos, lampejos da vista. Foi assim que surgiu Banzo, pela sensibilidade em ver coisas possíveis para sentimentos da vida, que a fotografia faz (às vezes) de cenário.
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