A publicação que chega ao seu segundo volume (o primeiro foi lançado em 2017, a partir do edital Contracondutas), surgiu da prática de Vânia com educação e se ancora na ideia do caderno enquanto dispositivo para investigar outros universos. Nela a artista convida sete profissionais do sexo para gerar um arquivo de desenhos, um corpo de imagens coletivas a partir de proposições comuns. É dado, ao trabalhadores, a possibilidade de produzir pensamento sobre si, através da sua cotidianidade e o que se vê no livro, além de uma coleção de desenhos, fotos e textos, da artista e dos participantes, que se descrevem com suas próprias palavras, são resquícios dos encontros desse grupo, da corporeidade com a qual ele se relacionou, das coisas que foram ditas em roda, e inúmeras questões sociais e de gênero.
Apresentado como uma grande instalação, composta por desenhos, fotos, posters e publicações, Caderno de campo foi uma das obras expostas no 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão, realizado entre os meses de agosto e novembro de 2019 no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e agora é parte integrante do acervo desta instituição.
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