Joselito Vershaeve entrelaça fotografias em preto e branco de encontros cotidianos e ficção encenada a partir de arquivos do próprio trabalho do artista, para criar contos visuais que desafiam a interpretação convencional.
O motivo recorrente do pássaro em muitas formas – como ilustração, criação de origami, em vôo ou emergindo da areia – é intercalado com imagens de rochas texturizadas, a lua e caminhos que levam e desaparecem da página. A presença humana nas imagens é tênue – figuras veladas, fundindo-se com a paisagem ou saindo do enquadramento, uma mão estriada ecoando a formação natural das rochas – todas pequenas partes da narrativa.
As imagens foram extraídas do arquivo cada vez maior do artista e foram selecionadas e organizadas em um padrão rítmico, imitando o ato de escrever um poema ou um pequeno romance.
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