Buscar o singular é minha maneira de encontrar o meu marco zero, onde eu começo, aconteço e permaneço. O espaço geográfico que ocupo dentro de mim faz parte de um relevo que muitas vezes não reconheço. Tenho medo do novo e de perder o passado. É preciso ser de algum lugar? Durante dois anos fotografei a casa que habita dentro de mim. IN SUL LAR é um poema fotobiográfico sobre o universo das relações familiares e dos afetos. O nome é uma referência ao termo insular, usado para indicar aquele ou aquilo que é pertencente a uma ilha. Este poema, composto por palavras e imagens, é uma metáfora que construí para tratar das emoções, da nostalgia, daquela saudade diferente, vivida pelo afastamento do lugar de origem. A ilha, que mesmo distante, sempre habitarei.