Em todas as fotos, embora o fortuito fosse um companheiro agregador de ideias, Ana tentava colocar um pedaço da cena doméstica, escolhido em comum acordo com elas, fosse um canto da casa ou um elemento decorativo de força afetiva. As fotos foram colocadas aos pares, separadas por um papel manteiga, que representa a passagem de uma década no tempo, e um encarte com as entrevistas feitas pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, com cada uma delas.
Para fotografar, Ana Stewart montava um pequeno set, sem maquiadores, figurinistas, cabeleireiros ou produtores, funções que acabavam sendo praticadas pelos familiares, vizinhos, namorados ou quem mais estivesse por ali.
Todas as fotografadas foram descobertas no meio de alguma rua, de alguma praça, por onde Ana estivesse passando, com exceção de quatro, indicadas por conhecidas da fotógrafa. Em comum apenas o fato de serem moradoras de bairros da Zona Norte do Rio ou de municípios próximos.
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