O conto “O homem da areia” é um clássico do romantismo alemão que transcendeu seu contexto de criação e entrou para a história da literatura. A narrativa fantástica de E. T. A. Hoffmann inspirou artistas, teóricos e cientistas como Freud, Dumas, Poe e Tchaikovsky, que povoaram com as próprias criações a zona de estranhamento explorada pelo conto. Publicada em 1816, a história segue a vida do jovem estudante Nathanael, que se vê atormentado desde criança pelo homem da areia – uma figura sinistra que rouba os olhos das crianças. Confrontado por suas memórias infantis e pela incerteza da própria percepção, Nathanael navega os limites entre razão e loucura, imaginação e realidade.
O livro é uma edição especial em colaboração com o artista plástico Eduardo Berliner. Para o livro, o artista produziu um conjunto de obras que, em estreito diálogo com o texto, traduzem o fantástico e o horror da obra de Hoffmann. A obra conta também com um posfácio do filósofo e crítico literário Márcio Suzuki, que discorre sobre o lugar da máquina e do humano no conto.
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