Resultado deste longo trabalho iniciado no Rio de Janeiro e estendido para a cidade de São Paulo, interior da Bahia, da Amazônia e Santa Catarina, além de chegar à Paris, Veneza e Los Angeles, é o livro O Paradoxo do Olhar.
“Vemos as coisas focadas e desfocadas ao mesmo tempo. É com este paradoxo do olhar que convivemos no dia-a-dia, metáfora para nossas inúmeras contradições. Às vezes o desfocado tem mais peso e importância do que o que está em foco. A beleza do mundo é esta mistura de imperfeições, a dualidade, a riqueza de contrastes – luz e sombra – que tornam todas imagens possíveis”, diz o fotógrafo.
“A fotografia de Claudio Edinger tem muitas facetas, entre as mais marcantes está no fato de que ela deriva de sua maneira de entender as coisas do mundo. Para Edinger, não existem limites fixos, mas realidades que se permeiam e se organizam em diferentes formatos e momentos. Esta percepção introduz a questão do foco seletivo. É uma linguagem que dinamiza o nosso olhar porque faz da inclusão e exclusão uma situação fluida e não estática”, conclui Claudia Jaguaribe.
CLAUDIO EDINGER é formado em Economia, Claudio Edinger (1952) começou a fotografar em 1975 e é autor de 15 livros de fotografia e um romance. Recebeu o Prêmio Leica duas vezes, o Prêmio Hasselblad, o Prêmio Higashikawa, o Prêmio Ernst Haas, Prêmio JP Morgan, Prêmio Pictures of The Year, Prêmio Abril, Prêmio Marc Ferrez e, por duas vezes, recebeu o Prêmio Porto Seguro no Brasil. Suas fotos estão nas coleções do MASP, MIS, MAM, MAC, Pinacoteca, Museu Metropolitano de Curitiba, Metronòn (Barcelona), Higashikawa (Japão), AT&T Photo Collection, Equity International Photo Collection, Brazil Golden Art Fund, Itaú Cultural, Centro Cultural Banco do Brasil e nas maiores coleções particulares de fotografia do Brasil. É professor de História da Fotografia Contemporânea na Casa do Saber.
Não há avaliações ainda.