Parte da riqueza deste livro reside no fato de ele retratar a mudança de opinião de Euclides da Cunha, que, a princípio, via com maus olhos a revolta dos “fanáticos” defensores da monarquia. Enviado para o interior da Bahia, o autor se defrontou com a realidade de famílias reunidas em torno de um líder messiânico, cujo movimento – crítico especialmente da precariedade da região – estava na iminência de ser massacrado. A experiência foi transformadora e teve como fruto um romance social que se tornou uma das maiores obras da literatura brasileira.