O que acontece numa exposição após sua abertura? Para onde vão os debates, tensionamentos e aprendizados que sua realização provocou? A edição Nº 8.2 da revista Propágulo tece reflexões e descortina sobre o imperceptível existente por trás de um espetáculo. A partir da percepção de que é comum dedicarmos atenção àquilo para que estamos sendo direcionados, ou até ao encanto do resultado final que culmina na exposição de arte, temos inclinações a anular a existência de todo o resto em seu entorno.
Continuação do ciclo de investigação da edição anterior, a Propágulo Nº 8.2 investiga as muitas mãos que se somam dentro das áreas da produção num pacto de esforços invisíveis. Existe uma tentativa, portanto, de tentar expor tais processos que permearam a produção (executiva, geral, curatorial, artística, educativa, etc) da exposição A Beleza da Lagoa É Sempre Alguém, cujo início foi mapeado na revista N° 8.1.
A edição traz registros da exposição, além de entrevistas do educativo da Galeria Janete Costa (Alexandre Vitor, Carlito Person, Francival Pereira, Igor Souza, Maya Amapô, Rômulo Jackson e Ruana Mendes) com as artistas da mostra matheusa dos santos, Marcela Dias e Nara Gual.
Outro destaque da publicação é o texto “Bastidores”, no qual o curador deste ciclo, Guilherme Moraes, apresenta a ideia de exposição enquanto meio de percurso e topifica dez situações que aconteceram ao longo da pesquisa desenvolvida na mostra “A Beleza da Lagoa É Sempre Alguém”.
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