O ateliê de artes do Centro Psiquiátrico Nacional foi fundado em 1946 pela psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999), com o objetivo de criar alternativas aos procedimentos agressivos usados no tratamento de pacientes psiquiátricos naquele momento: a lobotomia, o choque elétrico e a injeção de insulina. Para a médica, a produção plástica era uma porta de entrada para a psique de seus pacientes, uma forma de comunicação com pessoas que tinham grande dificuldade de se expressar verbalmente. Raphael e Emygdio participaram dos primórdios do ateliê, tendo sido assistidos pelo artista Almir Mavignier, que foi monitor daquele espaço entre 1946 e 1951. Todos os trabalhos produzidos no ateliê foram guardados pela dra. Nise como fonte de informação sobre o estado psíquico e emocional dos pacientes. Mais tarde, em 1952, essas obras deram origem ao Museu de Imagens do Inconsciente. O catálogo traz também, textos de época, com o objetivo de esclarecer a importância histórica de Raphael e Emygdio no campo da arte.
Não há avaliações ainda.