A rua se torna uma página em branco para composições que exploram o não-lugar. Assim, intensidade, timbre e altura se traduzem em luminosidade e saturação. As imagens buscam capturar o cenário comum para muitas cidades, destacando momentos de silêncio sob o ruído da vida urbana. Porém, esse silêncio revelado não é um hiato, mas sim um momento preenchido pela fugacidade dos movimentos, revelando um pavor humano ao vazio.
Johnny Silvestre
Johnny Silvestre, de Nova Iguaçu, aprendeu cedo com os pais, retirantes nordestinos, que, resistir e gostar de cuscuz não são opções na família. É pai da Maya, a menina mais bonita do mundo. Aprendeu um pouco de aquarela para entao ir para a fotografia. Suas fotos, em regra, trazem o corre das ruas, mas não é possivel identificar, na maioria das imagens, se foram feitas em São Paulo, Havana, Helsinque, Cusco, Instambul, Paris, Moscou, Porto ou em um samba no Rio. Porém, é certo que há algo misterioso e comun nesses cenários: um dialogo absoluto entre a condição humana e o não-lugar.
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