O fotógrafo conta que “a ideia de iniciar o trabalho só veio em 2009, quando percebi que além da riqueza estética havia questões importantes, como a invisibilidade social, a fotofobia, sendo que a fotografia é essencialmente luz. Fui me envolvendo e o projeto foi crescendo”. Foram fotografados cerca de 50 albinos durante cinco anos. No livro, são 35 imagens, resultado de muito trabalho de edição.
As fotografias foram feitas no estúdio do artista, em São Paulo, e também no Rio de Janeiro e no Maranhão, em lugarejos próximos à ilha de Lençóis, conhecida pela alta concentração de albinos. Nas viagens, sempre foi acompanhado de uma figurinista e um assistente. Consciente de que estava lidando com pessoas que normalmente não vivem a posição de protagonistas, o autor os convidou para o ambiente formal do estúdio. E é assim que com Albinos, Gustavo Lacerda consegue retratar um mundo cheio de sentimentos: misto de orgulho e vaidade, desconforto e incômodo. Um universo cheio de extremos. Em uma das páginas do livro, o leitor pode manusear uma carta, escrita pela mãe de duas irmãs gêmeas albinas, também retratadas no livro.
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