Mães e filhas sentam-se, lado a lado, por quinze minutos em silêncio, diante de um espelho através do qual são fotografadas. Para Lacan, a devastação se origina de uma demanda infinita de amor entre a menina e sua mãe que estabelece a subjetividade feminina. Nesta série de Paula Huven, o rosto da mãe, o rosto da filha, instâncias de uma intimidade avassaladora, tornam-se, também, de uma estrangeiridade absoluta. Além das fotografias, o livro é composto pelas folhas de contato do processo do trabalho e textos críticos de Carolina Junqueira dos Santos e Maria Angélica Melendi.
Paula Huven
Fotógrafa, artista e pesquisadora, Paula Huven trabalha com a fotografia como vínculo sensível entre os corpos e o mundo invisível – o espiritual, as sensações, os sonhos, os afetos, o inconsciente. Apresentou seu trabalho em festivais como Photo Visa (Russia); Foto Monumental (Peru); Foto Rio; Foto em Pauta (Tiradentes) e instituições como Museu de Arte do Rio; Palácio das Artes (BH); A Gentil Carioca; Paço Imperial. Recebeu o Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais, entre outros.
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