De 2018 a 2022 frequentei aplicativos de relacionamento, formando uma coleção tanto afetiva quanto abismada. O fotolivro “Do amor” é o resultado desta experiência, e mostra como o difícil momento da polarização política do país invadiu o campo dos afetos e desejos. O livro, pouco maior que um celular, apresenta perfis e diálogos permeados pelos ruídos típicos das relações virtuais contemporâneas e de um mundo assolado por violência e fakenews.
Patricia Goùvea
@patgouvea
Nasceu em 1973 no Rio de Janeiro. Artista visual e pesquisadora, trabalha com fotografia, vídeo, filme, instalação e intervenção urbana. Sua pesquisa tem como um dos principais eixos a expansão das temporalidades da imagem a partir de reflexões sobre o corpo, a natureza, a destruição ambiental e os apagamentos da memória operados pelas “histórias oficiais”.
Doutoranda em Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA/UFF), é Mestre em Comunicação e Cultura na linha Tecnologias da Comunicação e Estéticas da Imagem (ECO/UFRJ), Especialista em Fotografia e Ciências Sociais (UCAM/RJ) e Graduada em Comunicação Social (ECO/UFRJ).
Publicou os livros: “Membranas de Luz: os tempos na imagem contemporânea” (2011, Azougue Editorial), Imagens Posteriores (2012, Réptil Editora), Banco de Tempo (2014, em parceria com Isabel Löfgren, edição das autoras), Mãe Preta (2018, em parceria com Isabel Löfgren, Frida Projetos Culturais) e Fenda (2019, livro-objeto em parceria com a Olho de Gato Editora) e participou de muitos outros.
Participou de dezenas de coletivas e realizou exposições individuais na China, na Itália, no Brasil, na Colômbia e Argentina. Foi uma das fundadoras da Agência Foto In Cena (1995/98) e do Ateliê da Imagem (1999/2019).
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